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Rolé do Pivete 1: o que tem na água de Caxias?


"De Morreba a Vsl" ou de "Caxias até Seropa", nas ruas da "Baixada Cruel", existem "Mozart" e "Ratos". Nas ruas de Gramacho, nas vielas da Vila São Luiz, nas praças do Centro, os caxienses fazem arte. A cidade mais rica da Baixada Fluminense esbanja cultura, seja em seus museus, teatros e bibliotecas, no público ou no privado, na rua, nas praças, na favela ou na pista. Duque de Caxias oferece uma gama de artistas que enriquecem ainda mais sua cidade, de todas as formas, mesmo que o reconhecimento do poder público ainda seja escasso.


No dia 10 de setembro, fui ao evento "JamaiCaxias", localizado na Praça Humaitá, que se descreve em sua bio do Instagram como "Conexões afro-periféricas através da linguagem cultural Dancehall". Trampo fino, evento de qualidade, com vários artistas que já fazem estrago na cena underground. Dancei muito, fumei uns, bebi uns latões e observei. Observei e me perguntei: "O que tem de diferente nas águas caxienses?" ou "O que explica essa efervescência e miscelânea de talentos?". É necessária uma pesquisa mais profunda para descobrirmos, porém é nítido que existe um movimento e um esforço da própria juventude local para que se tenha esse tipo de rolê na cidade. Durante o evento, encontrei diversos artistas e personagens que compõem diretamente ou indiretamente a cena underground e da música de rua de Duque de Caxias, do Rio de Janeiro e, consequentemente, do Brasil.






O evento em si reuniu talentos como ANTCONSTANTINO, Taleko, TerroBixa, Marcelinho da Lua, PH Selecta, Jammy Luv e Afrok, que veio diretamente de BH. Cervejinha barata, estrutura boa e muita gente bonita. Foi um sucesso; eu, particularmente, dancei sem coordenação motora nenhuma ao som dos diversos remixes que fizeram meu corpo balançar. Encontrei Rojão, Xari, Dj Java e Jef Rodriguez por lá. Quando pensei em escrever sobre esse rolê, fiquei indeciso sobre o que falar. Fiquei feliz e surpreso por ter a oportunidade de curtir um evento dessa qualidade pertinho de casa, na Baixada Fluminense. Já aproveitando, não esqueça de seguir o Instagram do @jamaicaxias para não perder os próximos eventos. No evento, ouvi falar sobre um tal de ondapesa, que era um som diferente e que eu deveria ouvir. Já no caminho para casa, dentro do Uber, decidi ouvir uma música chamada “Traz pra mim”, do amigo “onda pesada”, com participação de Xard Bxd e realmente a onda pesou. Óbvio que positivamente. Acho que a melhor descrição do som do @ondapesa está na sua bio do Spotify: “música eletrônica marolenta e atitude punk”, com aquele toque caxiense que torna tudo mais interessante. “De Morreba a Vsl” é um desses sons que ouvi várias vezes para conseguir absorver todas as informações, não porque a letra seja complexa ou difícil de entender, mas devido à música eletrônica “marolenta misturada com uma atitude punk do car@lho” - essa aspa é minha e os palavrões também.




No som 'Ratos', que conta com a participação do Xari - outro talentoso artista caxiense -, somos agraciados com ainda mais atitude punk mesclada com música eletrônica envolvente. Eu, particularmente, sinto-me sendo guiado pelo flow do Xari para um rolê chapado por Caxias. Uma música memorável que ouvi centenas de vezes em loop. Até o momento, há poucas músicas do 'heavy wave' no Spotify, apenas quatro, incluindo 'Tiredness', seu primeiro lançamento cantado totalmente em inglês, o qual difere bastante dos últimos lançamentos. Vale muito a pena conferir o trabalho do amigo. Depois, descobri que o ondapesa também estava no evento 'Jamaicaxias'. Por isso, sempre digo que tudo está interligado; vivemos em redes. Prova disso é que amanhã (30) acontecerá um evento do 'Crew da Pesa' - selo de música independente de Duque de Caxias - em parceria com 'Meu caso é grave', que 'só' conta com a participação de Ondapesa, Rojão, Xari e Gazza em sua lineup, e que será realizado no @Jardim125 em terras caxienses. É, pessoal, há algo de diferente em Duque de Caxias quando o assunto é música. Em breve, escreverei mais sobre isso; por enquanto, é só.


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