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Instituto Menó: Cria ensina Cria

  • Foto do escritor: Pivete
    Pivete
  • 24 de abr.
  • 2 min de leitura

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Eu venho de onde ser criança é luxo. Onde a pressa da vida atropela os sonhos e onde o “dar certo” parece sempre morar do outro lado da ponte. Eu sou o Pivete — nome que já diz tanto sobre o lugar de onde venho quanto sobre a potência que carrego. Foi no meio do corre, entre escola pública, ônibus lotado e os dias em que a cidade parecia me esquecer, que eu encontrei refúgio em projetos que me olharam como sujeito, não como estatística.


Projetos que me salvaram. Que me fizeram sentir que eu também podia criar, contar história, sonhar, ensinar e transformar.
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É daí que nasce o Instituto Menó: da fome de retribuir o que um dia me foi dado, e da sede de fazer ainda mais. Nascido a partir da Revista Menó, o Instituto é um espaço de valorização da identidade, do direito à memória e do apoio à resistência. É onde o saber da favela encontra o saber acadêmico e os dois trocam ideia sem se medir, se somando.


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Aqui a gente acredita que conhecimento, identidade e cultura andam de mãos dadas. E a gente trabalha isso com os nossos, por nós, para além dos moldes que tentam nos podar. Oficinas, palestras, eventos, cursos, formações, tudo pensado com fundo pedagógico, mas com alma cultural. De corpo inteiro. Sem copiar os modelos de cima — mas criando os nossos, a partir das margens.


A gente quer acolher os seres marginais: crianças que ainda não descobriram o direito de brincar, jovens cheios de ideia mas sem espaço pra sonhar, adolescentes que querem gritar o que sentem, idosos que ainda têm muito a ensinar, e pessoas com deficiência que precisam ser vistas para além do capacitismo. A gente quer escutar, construir junto, partilhar saberes em rede. Porque ninguém transforma nada sozinho.


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O Instituto Menó é também um espaço de formação. Formação para a vida, para a autonomia, para a criação de outras formas de existência. A gente quer fomentar o talento que nasce na favela, no asfalto quente, no improviso da laje. Queremos fazer girar uma dialética não mercadológica, ainda que ela possa abrir caminhos no mercado. Porque não é sobre negar o mundo, mas sobre reexistir nele com dignidade, afeto e criatividade.

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Aqui, cada criança tem direito a ser criança. Cada jovem tem direito a ser futuro. E cada pessoa tem o direito de ser amada, acolhida e fortalecida. O Instituto Menó é isso: um quilombo de ideias, um território de afeto, uma escola viva da resistência periférica.


Porque ser Menó não é ser menor. É ser raiz.


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