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Editorial: Menó no Carnaval


Editorial


O Carnaval chegou.


Não importa se você é do tipo que já está contando os dias pra se jogar no bloco ou se finge desprezo enquanto procura um esquema pra fugir da muvuca – ele sempre te encontra.


Nas ruas, nos memes, no rádio, no glitter que vai aparecer no seu sofá mesmo que você tenha jurado que não ia sair de casa.


O Carnaval é uma entidade, uma força da natureza que, cedo ou tarde, atravessa sua vida. E se é pra atravessar, que seja com segurança. Porque cair na rua faz parte, mas cair na cilada é outra história.

Primeiro, a base de tudo: água. Água é amor, água é vida, água é o que vai garantir que você consiga encher a cara na terça sem querer morrer na quarta. Cerveja não conta, drink não conta, shot de qualquer coisa muito menos.


O calor não dá trégua, o asfalto ferve, o suor escorre, e sem hidratação você vai ser só mais um corpo desfalecido no meio da rua. E ninguém quer ser o amigo que deu PT antes do primeiro refrão de "Resenha do Arrocha".


E pausa para eu falar do J.Eskine, que pra mim é uma das maiores revelações da música brasileira. Ele tá em todo lugar, igual glitter: grudou, não sai mais.


Tem uma malemolência, uma chamada pra dançar agarradinho ou sarrando sozinho, encaixa em qualquer ritmo, desliza na batida, toma sequência... eiii, sequência de pau.



A Menó ainda vai falar mais sobre isso em outro momento, porque talento desse não passa batido.


Agora, o básico da sobrevivência: comida. Parece óbvio, mas entre uma latinha e outra, a fome bate.


E se bater de estômago vazio, o chão te chama. O café da manhã reforçado é um pacto com a sanidade.


Mas se a larica vier no meio do bloco, relaxa: o comércio de rua é generoso. Tem de tudo, do clássico espetinho ao hot dog suspeito. Escolha com sabedoria e, de preferência, sem bancar o valente com aquele espetinho de procedência duvidosa.

E aí vem o papo reto: a Menó não incentiva e nem apoia o uso de drogas, mas se você decidir entrar na onda, faz isso direito. Se conheça, saiba seu limite e, acima de tudo, respeite o espaço dos outros.


Ninguém merece virar meme de barraco de bêbado ou passar vergonha desacatando alguém que pode te levar preso.


E se tem uma coisa que todo mundo aprendeu na prática ou na observação é que Carnaval e polícia não são uma mistura harmônica. Ninguém quer estar no lugar errado, na hora errada, com a coisa errada no bolso.


Fica ligeiro.

Por último, a regra de ouro: proteja o seu. Documento, dinheiro, celular, tudo bem escondido. Doleira, porta-dólar, meia, qualquer coisa serve. O importante é não facilitar. Porque golpe tá aí, ladrão também.


E na multidão, vacilo dura um segundo.


Você piscou, perdeu.


Então já sai de casa prevenido e de preferência com o celular cheio de bateria, porque a única coisa pior do que perder o celular é não ter como mandar aquele “cadê cês?” desesperado no grupo.


O Carnaval é entrega, é liberdade, é furacão.

Não importa se você tá na pipoca, no trio, no camarote, no bloquinho de bairro ou só acompanhando tudo pelos stories.


Ele chega, te arrasta, te joga de volta na rotina com uma ressaca duvidosa e um gostinho de “quando é o próximo feriado?”.


Então aproveita, mas aproveita direito.


A vida segue depois do Carnaval, e a ideia é que você também siga.



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