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Punho de Mahin e a ancestralidade preta no meio do punk rock



Em novembro de 2018, quatro pessoas se juntaram para tocar um projeto de banda punk, o qual sentiram a necessidade de abordar conceitos e discursos os quais não eram mencionados de forma direta e explícita no cenário. Assim nasce no estado de São Paulo a Punho de Mahin, homenageando a mãe de Luiz Gama e líder da Revolta dos Malês.


Gritando o lema “O Punk Nasceu Preto!”, a banda mostra peso junto a um swing dos tambores de matriz africana, demonstrando o que vieram fazer perante ao cenário de punk rock nacional, sobretudo na cena paulistana. Não é só a música que a Punho do Mahin entrega, ela entrega poesia e história nas suas letras. Composta por Nathália Matos (vocalista), Camila Araújo (guitarrista e vocal), Paulo Tertuliano (baterista) e Du Costa (baixista), o conjunto convida você a refletir sobre os principais nomes dos diáspora africana, assim como das problemáticas que atravessam na trajetória dos povos indígenas.



No ano de 2022, o grupo lança seu primeiro disco: Embate e Ancestralidade. Se me permite dizer, este disco é um soco na cara misturado com um ponteiro de brinde, se der mole. Fundamental entender o peso que o álbum transmite a cada faixa. Destaque para os sons “Xingú”, “Madame Satã”, “Racistas”, “Navios Negreiros”, e “Direitos Violados”.


A decolonialidade é a base da banda, tanto no conceito das composições feitas, quanto na sonoridade. Ao mesmo tempo que se trata de um punk com hardcore contendo d-beat, existem momentos em que são feitos instrumentais de capoeira, por exemplo. Além disso, as letras das faixas “conversam entre si”, mostrando que foi um trabalho bem pensado do início ao fim.



Embate e Ancestralidade prova que o punk não morreu e que se depender da Punho de Mahin, nunca morrerá. 


Punho de Mahin e a ancestralidade preta no meio do punk rock

Então, fica o convite para embarcar nessa revolução em forma de som, e a Revista Menó recomenda ouvir sem moderação. Do contrário, saberemos quem é você na pista; a mensagem que te digo é a seguinte: não passarão!


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