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Proposta da Rede de Mulheres das Marés e das Águas dos Manguezais Amazônicos do MA e PI - REMULMANA

Atualizado: 6 de jan. de 2022

Por Remulmana



O Estuário do Rio Amazonas e Seus Manguezais Amazônicos se estende do estado do Amapá até a cidade de Barroquinha no Ceará, na Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba. Composto por florestas de mangue, apicuns e áreas com diferentes usos, este importante ecossistema abriga atividades extrativistas tradicionais como pesca, mariscagem, catação de sururu e caranguejo, além de turismo de base comunitária. Estas atividades são muito importantes na garantia de alimento, renda, direito ao trabalho e segurança alimentar para boa parte da população nesta região.

Cerca de 120 mil pessoas dependem diretamente da pesca e atividades associadas para sua sobrevivência nesta região, garantindo sua produção e reprodução social, cultural, religiosa e afetiva com este ecossistema.

São nestes manguezais amazônicos, lugar de vida, que produzem e se reproduzem socialmente as mulheres das marés e das águas dos manguezais amazônicos, responsáveis pela segurança alimentar da maioria das suas famílias e também de grande parcela da sociedade.

É neste lugar que surge a necessidade de se criar uma rede de mulheres dos “maretórios”, que se mantém viva do Amapá ao Ceará, mas que pela extensão, foi ganhando várias formas de articulação. Uma delas é a Rede de Mulheres das Marés e das Águas dos Manguezais Amazônicos do Maranhão e Piauí – Remulmana. Segundo Kátia Barros, que faz parte da rede, “são mulheres de “maretórios” de Reservas Extrativistas criadas em torno de parques nacionais e outros “maretórios”, que se unem com objetivo de se fortalecer e atuar no combate às inúmeras ameaças a estes ecossistemas, na luta pelos seus direitos, por políticas públicas e pela comercialização dos seus produtos através da economia solidária e do comércio justo”.

No dia 31 de julho passado a rede organizou a Feira dos Produtos dos Manguezais Amazônicos do Maranhão e Piauí, visando dar visibilidade a esta produção sustentável, tradicional e oriunda do extrativismo familiar. O evento ocorrerá em frente à Casa do Maranhão, em São Luís do Maranhão.


Revista Menó, nº. 3/2021 (out/nov/dez).

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