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Migração Circular: Exposição de Guilherme Brasil e Valentim Faria Sobre Corpos e Memórias

  • Foto do escritor: Pivete
    Pivete
  • 14 de jun.
  • 2 min de leitura
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Saiu o catálogo da exposição Migração Circular e tá tudo, simplesmente, absurdo de lindo.

Lindo como foi ver com os próprios olhos cada obra, cada detalhe, cada fragmento de corpo e memória semeado ali por Guilherme Brasil e Valentim Faria. Dois artistas que não tão só expondo trabalho — tão expondo coragem, travessia, saudade e reinvenção.


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As Migrações são muitas: de cidade, de afeto, de pele, de tempo. São circulares porque nada se perde. Tudo volta, tudo se reimagina. Guilherme e Valentim são desses que transformam o peso da migração em matéria-prima, que entendem que o corpo negro não é bagagem, é território. E mesmo quando o mundo diz “não é lugar pra você”, eles chegam e plantam.


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Cada escultura, cada linha traçada, cada instalação é um ensaio de cura, um resgate da criança que tiveram que enterrar cedo demais, mas que agora voltam a tocar — mesmo molhada de mar, mesmo assombrada de silêncio.


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E é de uma sensibilidade gigante ver artistas tão potentes falarem do medo. Medo de não serem recebidos, medo do julgamento, medo dos pactos narcísicos que regem o mundo da arte. Mas quem ousa duvidar da força deles, só prova o quanto essa estrutura precisa cair. Porque a arte deles é flecha, é ferida aberta, é denúncia e é abraço. Tudo junto. Tudo agora.


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E no meio dessa maré de sentimentos, tive a honra de escrever também. Saiu no catálogo o meu texto “Maré de Mim”, uma partilha sentida sobre corpo, retorno e raiz. Escrevi com as águas nos olhos, com as lembranças dos meus e com o desejo de que a arte seja sempre esse lugar de retomada — pra mim, pra eles, pra todos nós.


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Agradeço de coração ao Valentim por me chamar pra estar junto nesse projeto tão bonito e necessário. Que esse catálogo viaje o mundo, e que mais gente se permita mergulhar nessa circularidade que a gente carrega no corpo e no nome.



“Quero mergulhar nas minhas raízes até que a água me engula.

E quando voltar à tona, não ser mais um corpo perdido,

mas um corpo possível.”

— Maré de Mim

(Pivete)




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